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Notícia

Juros futuros fecham em queda no aguardo do IPCA-15

Vencimentos para outubro de 2014 perdiam 0,01 p.p a 10,88%

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Os Contratos de Depósitos Interfinanceiros (DIs) fecharam em queda nesta terça-feira na BM&F. O que se vê é uma desvalorização em praticamente toda a curva.

Perto do fechamento, os vencimentos para junho de 2014 permaneciam estáveis a 10,81%; os contratos para julho de 2014 subiam 0,01 p.p a 10,84%; os vencimentos para outubro de 2014 perdiam 0,01 p.p a 10,88%; os contratos para janeiro de 2015 perdiam 0,01 p.p a 10,93%; os vencimentos para janeiro de 2017 tinham alta de 0,01 p.p a 11,99%; e os contratos para janeiro de 2021 valorizavam 0,01 p.p a 12,30%.

"Os juros não mudaram muito nesta sessão. Não acredito que a divulgação do IPCA-15, marcada para amanhã, mesmo fugindo da expectativa, mudará a Selic [taxa referencial de juros do País]. As apostas na decisão do Copom [Comitê de Política Monetária] já estão fechadas, portanto, agora são apenas ajustes", disse o economista chefe de SulAmérica Investimentos, Newton Rosa.

Agenda Econômica

Após a reação com a queda da inflação oficial em abril, o mercado financeiro voltou a elevar a estimativa para o IPCA de 6,39% para 6,43%, se aproximando novamente do centro da meta estipulado pelo Banco Central, de 6,5%. Para 2015, a inflação oficial permaneceu em 6%, também próximo ao centro da meta.

Ainda no campo inflacionário, os economistas consultados pelo Banco Central para a elaboração do Boletim Focus reduziram a projeção da inflação ao consumidor, medida pela Fipe, de 6,10% para 5,94% em 2014 e de 5% para 4,80% em 2015.

No caso do IGP-M, utilizado no cálculo do reajuste dos contratos de alugueis, cedeu de 7,21% para 7,11% este ano, permanecendo em 5,50% em 2015.

Para o crescimento do PIB, os analistas reduziram as apostas, de 1,69% para 1,62% em 2014, subindo de 1,90% para 2% em 2015,

Sobre a produção industrial, o Boletim Focus mostrou alta para 1,40% este ano, contra 1,24% estimado na semana anterior, permanecendo em 2,37% no próximo ano.

No câmbio, os analistas mantiveram a expectativa de que o dólar encerre o ano em R$ 2,45, com média de R$ 2,33, ligeiramente inferior aos R$ 2,35 estimados anteriormente. Para 2015, o relatório aponta estimativa de que o dólar encerre aos R$ 2,51, levemente superior aos R$ 2,50 da projeção da última semana.

Já para a Selic, os especialistas consultados mantiveram a estimativa de que a taxa básica de juros feche o ano de 2014 em 11,25%. Atualmente, a Selic está em 10,75% ao ano. Para 2015, o Boletim Focus também manteve a projeção em 12,25%. A próxima reunião do Comitê de Política Monetária ocorre nos dias 27 e 28 de maio.

Também nesta segunda-feira, o índice de preços ao consumidor, medido pela Fipe, diminuiu a pressão no bolso do consumidor paulista na segunda quadrissemana de maio, cedendo de 0,45% para 0,42% na comparação quadrissemanal

Na base mensal o índice também recuou. Na segunda quadrissemana de abril a variação era de 0,63%.

Na comparação com a primeira quadrissemana do mês, duas das sete classes ficaram mais inflacionadas: vestuário e educação. Na comparação mensal apresentaram baixa habitação, saúde, vestuário e educação.

Já o IGP-M, utilizado no cálculo do reajuste dos contratos de aluguéis, cedeu para -0,04% no segundo decêndio de maio, ante 0,83% em abril. No período, o índice de preços ao produtor amplo (IPA) cedeu de 0,91% para -0,45%.

Já o índice de preços ao consumidor caiu de 0,76% para 0,66%. Na leitura, quatro das oito classes de despesa tiveram acréscimo, com destaque para o grupo alimentação, pressionado pelo aumento dos preços de hortaliças e legumes.

Por outro lado os itens saúde e cuidados pessoais, habitação, comunicação e educação, leitura e recreação apresentaram baixa, acompanhando a variação dos itens medicamentos em geral, tarifa de eletricidade residencial, passagem aérea e tarifa de telefone residencial.

Enquanto isso, o índice nacional de custo da construção (INCC) subiu de 0,47% para 1,06% no mês.